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A mão paleta

Não entristeças esse olhar manhoso
de crocodilo velho
Estou ocupada a limpar as manchas de:
Azul-lilás, verde-azul limão com grenã e outra

da minha mão paleta.

E, assim, sou feliz
Com cheiro a àgua rás.

Comentários

Anónimo disse…
Pois é ficamos sem saber onde está o prazer?

no sujar?

na obra que realizamos ao sujar?

ou no acto de depois de construir estarmos a apagar os residuos?

no entanto qualquer dos actos é lindo.

PS: - já pensaste em publicar em papel os teus escritos e reflexões?
de Pina disse…
Nota-se claramente que estes comentários estão cheios de pretenciosismos... mas é melhor eu nem dizer mais nada
Ricardo Sorge disse…
olá lara! venho do fim do mundo em cuecas e tenho uma pergunta! o acrílico dilui-se com quê? sempre tive esta dúvida. estou a tentar acabar uma tela e não me apetece que nela tudo seja completamente opaco. ajuda-me.
de Pina disse…
O acrílico dilui-se em água. O óleo em água rás ou terbentina.
malukid disse…
o objectivo mesmo é ser feliz, se com cheiro a àgua rás ou não, não importa.. ;)
Anónimo disse…
charli says |

a little bit of warm water faz sempre um leve sorriso, e limpa tudo sem deixar marcas.

*
Anónimo disse…
Seres enganados pelo barulho das Luzes;
Seres ofuscados pelo clarão dos estrondos.
Numa falsa objectividade,
Nem tudo o que parece
Realmente é!
Seres que existem não sabendo
O que realmente são;
O que objectivamente foram;
E nem nos sonhos sabem para onde vão.
São ilusões!
Que lhes servem de suporte a uma vida desenganada;
São ilusões de uma vida que afinal não foi!
De pessoas que afinal não existiram...
Foram somente ilusões
Esgaçadas em crepúsculos.
Numa realidade o vento invisível varre poeiras,
Que nos toldam a vista.
Poeira é tudo o que resta;
Da nossa passagem imperceptível...
Anónimo disse…
Estando ocupada arranjaste o tempo para desviar o olhar, para o olhar manhoso, deu tempo para o classificares... Podes dizer que nao sais do teu reduto para olhar para os outros, dizes que es diferente de mim, ainda nao percebi a parte negativa disso... beijo... simplesmente beijo

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Or

Não te cobiço mais do que aquilo que te posso querer Não aguardo confiscar jamais esse teu burocrático desprezo Por isso, seja eu o que for não desejas: A pele esfolada, as carnes arrancadas por venerada dor Ou cor hemoglobina despejada de umas veias fracas que circulam neste cadáver ou melhor: neste esqueleto que segreda o teu amor.