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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2006

A mão paleta

Não entristeças esse olhar manhoso de crocodilo velho Estou ocupada a limpar as manchas de: Azul-lilás, verde-azul limão com grenã e outra da minha mão paleta. E, assim, sou feliz Com cheiro a àgua rás.

Eco-Mor

Desde manhã o quarto Tem cor de tarde e vermelho Com recados magnéticos cansados Colados ao ouvido carunchoso Despejado, assim, desse odor; mais os restos Apertados num saco de plástico pret'verde

Memósinagem

Lembraste da última palavra? Aroma e imagem? Do choro em reza Da cor da dor... Lembras-te da textura do grito? Quando me disse tudo, tudo num silêncio condensado dentro de 1 caixa postal electrónica Sabes? Encolhe os ombros Relaxa-me a boca com saliva E deixa-me chorar A sério que não foi nada, Nada de mais, somente o plausível Igual à Banda Desenhada Que tu lês.

Rascunhos de café 3

Não quero, a sério não quero tenho fioderme a depelar o cerbero arrancando o olho, a não entender nada. Tenho qualquer coisa a coçar os calcanhares ao chão, qualquer coisa a perturbar Qualquer coisa, e qualquer coisa a mais...

Rascunhos de café 2

Contento-me em repetir Insaciavelmente o meu nome Como se não acredito, jamais, que algo está desmesuradamente a tentar ajudar a desmembrar os apêndices desfragmentados da minha fé televisiva.

Rascunhos de café 1

Trás p´ra frente ou -- Um vai e vem debruçado sobre o metal De cor de um corpo de inércia que perco dentro e fora, saidas e buracos de onde um enorme entusiasmo -- uma espelunca se dispersa a cores berrantes, E desenha a porta e 1 gato.