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Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2006

Sem titulo

Da terra que devora que adora – és tu e só toda a superfície da minha pele vazia é testemunha ocular do caso A palavra quente que morde o meu ombro às escondidas do ocaso o culpado pelo meu hematoma no meu peito espancado pela duvida do acaso O liquido que afoga o meu dente quando excedo a execução da língua o sacana, filho da mãe que me engelha a cama que faço

Um insulto zoomórfico

Queres mesmo saber se te acho homem suficiente? Com essa epiderme engelhada e o tédio a mofo instaurado por debaixo do dente Brincas como um cachopo sobre o meu jeito sexo de ser A ideia e sonho que predominam o meu ver Imitando, tão bem, um papagaio, urso e porco realças a mulher e meu gesto Numa (in)equação patética e zoomórfica que és. Ainda não estás satisfeito? Nunca te calas! Conversas, desconversas, vendes clichés de cenas de novelas.

Theofun

Ouvi dizer que Deus morreu Terá sido suicídio ou atentado? De corda ou comprimido? Foi enterrado debaixo de uma Superfície comercial, onde se vendia Garrafas e tampões a preço divinal Mais tarde um varredor de avenida Relatou: Deus era hippie Tomou comprimido E até hoje ninguém sabe onde parou E ponto final, paragrafo.

2 átomos chamados Lauda

São milhões de átomos que se dispersam sobre a prateleira Gostava de ser. De ser mais ou outro entre tantos livros. Livre. Para me teres. Para me leres, querer, me comeres a matéria, o sólido das minhas páginas.

Fioderme

Quero matar o monstro Cose-lo em retalho na minha pele Quero ser pequena e o mundo Sem ser parte dele mas ele de eu Quero ser de ninguém, nem tua Escrever em pequenos toalhetes A palavra cada vez mais numa e crua Só necessito mesmo é de um fio e de outra agulha