Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2007
III jardineiros – vestidos de carvão axadrezado Centrados no branco deste olho atento Arrancam III sementes de bocado d'estrela Confusa do qualquer nada que dizes, enquanto Colado estás às III curvas do meu ouvido...
Gente Grande come direita, dorme esticada. Gente Grande é picuinha, bebe refrescos d’dia e d’noite ensanguentados de tédio e maresia suada/congelada. Gente Grande engasga a caligrafia feia-deselegante de ideias cheias de nada e buracos telecomandados.
Ao longo do tempo apreende-se que Gente fala muito, de muito ou de nenhum. Gente que é Gente faz como toda a Gente ou foge do que é comum. Qualquer Gente quer ser como toda a Gente e como ninguém. Mas Gente que sabe o que é Gente quer tudo o mesmo mas de modo diferente.
A Palavra desenhada no teu quarto, na roupa e no cigarro; deitada n’almofada e sobre os lençóis. A Palavra que me envolve é como os teus olhos esganados de vontade. Despem-me a pele. Perfuram-me a epiderme. A Palavra que é som/aço. A Palavra que é aguçada e gelada. A Palavra que é calada. Quando jamais a minha face toca o quente áspero dos teus dedos. A Palavra que é cenário. Um armário com pouco lugar para um simples par de sapatos.