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Sem titulo

Da terra que devora
que adora – és tu
e só toda a superfície
da minha pele vazia
é testemunha ocular do caso


A palavra quente que
morde o meu ombro
às escondidas do ocaso
o culpado pelo meu hematoma
no meu peito espancado
pela duvida do acaso


O liquido que afoga
o meu dente quando
excedo a execução da língua
o sacana, filho da mãe
que me engelha a cama que faço

Comentários

Anónimo disse…
Sabes, tua escrita é muito...
como direi... leve na liberdade das palavras e ke apetece sair da boca, sem o entrave ou limite dos sentimentos que se querem soltos e, ainda ke erreverentes, sempre livres como as proprias palavras ke se escrevem por letras simples e sós.

Nao gosto dos limites.
Dos entraves impostos pelos sentimentos, nem das palavras vãs.
Devemos ser livres como o som. Livre como a vida.
Gostei.
de Pina disse…
Será Irreverentes e não erreverentes... O resto concordo mas de leve!
Anónimo disse…
charli says |
às vezes não te consigo ler..
Anónimo disse…
uma proposta de titulo

a liberdade espartilhada
Lara Reis disse…
sim.... tenho que pensar bem nisso , va enviando sempre sugestões

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