bloco de esboços

O amor é eterno? ou é um infinito recomeço, onde dois pontos fortes antecipam estratégias e sistemas que adiam eternamente o fim

Existe um silêncio no teu olhar um tocar de querer esganar em contacto com a língua Existe pessoa/besta na tua presença Um querer-te em tudo e num nada na mistura de uma certa timidez com a definitiva ousadia de tudo esconder entre a pele flácida do bico de uma caneta

Cada ponto saliente da face É uma extremidade fluresente do pêlo Vai à textura enrugada sinuosamente nas bordas desse orificio oral branco com uma paleta de cores vermelhas à mistura

Uma imagem reflectida no espelho Um instante e outro desafio e por momentos não se conhece

Não estou aqui invisivel de presença de voz, de entender Estou cá, fora.

Escrever a escutar a fumar, ouvir o pouco que se diz & e o nada que se faz

Casa estranha, Terra Estranha Nasce n'entranha minha Sobra restos e gestos de marisia fixa sobre papel magoado, desdobrado da mesa desarrumada

Uma besta em mim agarra, viola sacode esta tralha! Arruma/desarruma o pouco que sobra daqui e de seguida recomeça!

Quero sair e quero entrar Ficar nem tão pouco quanto isso Quero perder o que está encontrado & imóvel na planta do meu pé Quero mais e no entanto o nada Um abismo cheio de palavras trajectos, objectos vazios de tu