Olha Para Mim, a noite acabou e empestas as paredes do ventre com tua presença. Olha Para Mim, o dia se aproxima e o metro reabre. Há barcos, mas daqui pouco misturo-me na multidão "do fica-e-quem-sabe?". Olha Para Mim camuflada de quem so(u) entre mil rostos que desconheço nem pretendo guardar. Olha Para Mim. Olha quem sou, solta, sou mundo. Imunda. Olha Para Mim e diz-me o que não vês do como quem sou.
Durmo e não durmo Vejo e vejo escuro. Sinto ou dessinto-me É mais vazio e desfasamento de mim própria como areia a deslizar entre dedos finos da cachopa que já fui e muitas das vezes já esquecida. Gostava como criança perceber donde vem. Para que possa corrigir esta errata que faz de mim pessoa. Esta noite sonhei com gatinhos mortos a decompor-se num jardim arranjado. Noutra parte o cão que sempre quis e um momento, a realidade dá um estalo ao meu cérebro Noto-lhe na parte traseira da sua perna que lhe falta o lombo, cortado de fresco. Eu queixei, gritei, implorei ajuda. Mas somente acordei no meu proprio vomito E foi difícil voltar adormecer. E é verdade. Durmo de mais ou não durmo de todo. Na minha cabeça consigo fazer tudo mas o meu corpo recusa-se. Sendo assim deixo-me vencer. Deixo andar. Planeio o meu funeral. Os details. Não o meu caixão mas como deixar o meu mealheiro a quem de bem tenho no meu peito. Faço notas e list...
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