Diferente. Toda a gente sente de modo desigual o mesmo vocábulo: amor. No entanto, cada um entende, de todos os jeitos que é amor. É de cada qual, em procedimentos distintos e inequacionáveis que ninguém realmente sabe o porquê de toda a gente perceber que é do mesmo que se fala.
Dedicado a João Horta, ps: as flores não se comem.. De dia nem existem assobios Rua quieta com gente inexistente Entre uma esquina e avenida sente-se diferente Ligeiramente nitroglicerina, sem boca, sem olhos Seu nome não está escrito em parte alguma O corpo, este, desencaixa-se dos hábitos É um autocolante da cidade dos danificados Talvez pertença aonde o seu regaço não se consuma É turista na terra de ninguém É dama-viagem, Dama-sem-vintém Dama de romance, do poema mas Dama sem miséria Sua vontade de faminta, é outra E se ela cola-se nos teus braços agora É porque também não a mandaste embora.
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