Achei que ia morrer de tristeza. Irremediavelmente, iria deixar o meu corpo cair em manifesto de dor. A autentica dramatização de um ego ferido pelo abandono, pela rejeição. Chorei descompassadamente a ironia de sentir a magoa. E ria-me porque chorava. E voltava a chorar porque, afinal, não tinha graça nenhuma.
Quando acordei, no dia seguinte, não senti nada. Nenhum conforto mas também não algo que pudesse repudiar. Simplesmente: nada.
Quando desci as escadas porque estava atrasada para qualquer coisa lembrei que ele tinha a mania gentil de juntar as migalhas da mesa e esta imagem começa a cantarolar na forma de um sorriso.
- Ele juntava as migalhas com a ponta do dedo mindinho!
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