Se tiveres, nem por instantes, o que de mais precioso há em mim entre as tuas mãos, algo de pequeno e provavelmente insignificante, não o esmagues nem o partes. Finge que nada tens por entre as palmas. Feita de excessos e de lacunas, perco-me por ai, principalmente de dia, pois, não há muito espaço por onde me esconder. Vês? Tens, aí, por entre os dedos pedaços de matéria: uns sonhos e uma réstia de fé com umas brechas remendadas aí no meio. Não sei se ainda funciona. Se ainda serve. É tudo o que tenho e pouco mais me sobra para além disso.
Se tiveres, nem por instantes, o que de mais precioso há em mim entre as tuas mãos, algo de pequeno e provavelmente insignificante, não o esmagues nem o partes. Finge que nada tens por entre as palmas. Feita de excessos e de lacunas, perco-me por ai, principalmente de dia, pois, não há muito espaço por onde me esconder. Vês? Tens, aí, por entre os dedos pedaços de matéria: uns sonhos e uma réstia de fé com umas brechas remendadas aí no meio. Não sei se ainda funciona. Se ainda serve. É tudo o que tenho e pouco mais me sobra para além disso.
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